10 Out O Escritório ‘Europa Creativa-Cultura’ exorta as entidades do território do Minho a amadurecer projetos culturais para arrecadar fundos europeus para iniciativas culturais em 2021
O território do Minho tem a possibilidade de obter fundos europeus específicos para iniciativas culturais, além dos que podem advir de programas de cooperação como o Interreg ou o Plano de Recuperação Económica pós COVID-19. Assim afirmou hoje o assessor técnico e coordenador do gabinete Europa Criativa-Cultura e o Ponto de Cidadania Europeia do Ministério da Cultura e do Desporto, Augusto Paramio, que apelou às entidades do Minho, sejam elas públicas ou privadas, com ou sem espírito de lucro, para desenvolver imediatamente projetos culturais para angariar fundos para as convocatórias europeias que serão inauguradas na primavera de 2021.
Paramio pronunciou essas declarações como parte da sua participação no ‘I Fórum de Cultura Transfronteiriça. Culturminho’, promovido pelo Conselho Provincial de Pontevedra e pelo AECT Rio Minho, sob tutela do deputado Uxío Benítez. Este fórum tem sido palco de debate, desde a passada terça-feira, sobre a necessidade de criar uma agenda cultural transfronteiriça comum no território do Minho entre os municípios galegos e as câmaras portuguesas.
O coordenador Augusto Paramio participou hoje na sessão de encerramento da Culturminho,onde explicou as ajudas que serão disponibilizadas na primavera
Segundo o assessor europeu, “as entidades têm de gerar projetos, perder o medo dos papéis e da burocracia europeus e apresentar projetos que vão além do âmbito regional ou estatal. É preciso aquecer os motores para o novo período 21-27, de modo a que, quando o novo quadro financeiro receber luz verde – possivelmente ainda este ano – quando as primeiras convocatórias começarem a ser publicadas na primavera de 2021, tenham já trabalhos avançados ”.
Ele indicou ainda que os próximos programas, tanto ‘Europa Criativa-Cultura‘ e ‘Europa com os cidadãos‘, serão realizados em concordância com os anteriores, no estabelecimento das suas prioridades de seleção, tendo como marcos a mobilidade transnacional, o desenvolvimento de públicos, ou de formação (nas áreas de digitalização, formação ou novos modelos de negócio), para além de pontuar especificamente as iniciativas de integração social de migrantes e refugiados ou património cultural. Ele ressaltou que os fundos europeus para iniciativas culturais pode variar de 10.000 a dois milhões de euros.
O gabinete Europa Creativa-Cultura, acrescentou o técnico, poderá aconselhar, informar e dar assistência técnica gratuita a todos os parceiros interessados.
Saldo positivo
Por sua vez, o Deputado de Cooperação Transfronteiriça Uxío Benítez, expressou a sua satisfação pelo sucesso do Cullturminho e instou os participantes (mais de uma centena de agentes e entidades culturais) a participarem no próximo encontro que se realizará no início do ano. Nele, depois de analisar a situação atual da cultura no território do Minho, pretende-se concretizar iniciativas e eventos transfronteiriços com Portugal para mobilizar um público comum.
Benitez sublinhou a importância de se candidatar a todos os fundos europeus possíveis e sublinhou que o AECT do Rio Minho irá trabalhar para angariar fundos da UE para os programas ‘Europa Criativa-Cultura’ e ‘Europa dos Cidadãos’, além dos que já estão a ser geridos do Interreg com os projetos Visit Rio Minho ou Smart Minho, bem como os que podem chegar do Plano de Recuperação Económica pós COVID-19.
“É necessário trabalhar em todas as frentes para que o território do Minho desenvolva todas as suas capacidades e permita melhorar a qualidade de vida dos seus cidadãos. Esse deve ser o objetivo de todos nós nas administrações “, salientou.